terça-feira, 28 de junho de 2011

Pedras no caminho...

Perfeito seria seguir a vida por uma estrada tranquila, cercada por árvores, lagos e belas paisagens.
Receber a brisa fresca na face, e o brilho do sol a iluminar o caminho.
Descansar sob a sombra de uma macieira, e saborear seu fruto, ouvindo o som dos pássaros.
Desfrutar de infinita beleza da vida a cada passo, leve, tranquilo e despreocupado, até o dim do caminho.

Porém, a perfeição não nos satisfaz.
Nossa natureza pede mais que a felicidade constante.
Um caminho sem pedras, tropeços, e até quedas, nos faria sentir incompletos, inúteis.
Precisamos nos sentir vivos, viver apenas não basta.
E não nos sentiríamos vivos caso não encontrássemos obstáculos a superar, sonhos a perseguir, e metas a alcançar.

São nossas vitórias que nos preenchem, e nossas derrotas, que nos ensinam.
Caso estas não existissem, seríamos vazios.
Somos seres imperfeitos, e é na imperfeição que nos completamos.
Não teríamos um sorriso não face, se já não tívessemos sentido ali uma lágrima correr antes.
E nem enxergaríamos a beleza do nascer do sol, se o ocaso não o antecedesse.

É na dificuldade que percebemos nossa força, e na tristeza que valorizamos um simples motivo para sorrir.
Então, lutemos pelas vitórias, mas valorizemos as derrotas, e agradeçamos a Deus por cada dia que ele acrescenta à nossa existência, superando os obtáculos, e sorrindo por encontrá-los, certos de que valorizaremos ainda mais os trechos do nosso percurso onde eles não existirem.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O primeiro voo da Borboleta de uma Asa.

Mesmo sem querer, é invitável não pensar.
A cada batida do coração, pensamentos circulam
em nossa mente como um furacão a nos arrebatar.
E as consequências desses pensamentos nos afetam
de forma tão imediata, tanto trazendo ao nosso rosto um sorriso,
uma lágrima, quanto direcionando nosso olhar para o espelho de nossas almas.

Quando nos deixamos levar ao mundo oculto que existe em nossas mentes,
estaríamos sujeitos a descobrir a felicidade, escondida atrás de uma árvore
de sonhos, na beira de um riacho de chocolate, e perceber que ela estava
tão perto do alcance de nossas mão este tempo todo, mas simplesmente não olhávamos para ela.

Porém, mais certo que isso, seria nos deparar com nossos monstros, nossos fantasmas, por nós escondidos naquele velho baú, guardado e há muito esquecido. Então, poderíamos mais uma vez, fugir destas sombras e nos esconder atrás de uma parede de vidro, onde nos convenceríamos novamente de que não seríamos vistos ou alcançados.
E continuaríamos vivendo a ilusão de que podemos conviver com esse lado obscuro de nossas mentes, apenas ignorando-o, como se ele não estivesse ali.
E nos convencemos ainda, de que nossas frustrações e insucessos nada têm a ver com essa fuga de nós mesmos. Com nosso medo de nos enfrentar, de nos conhecer, e principalmente, de nos perdoar por não sermos tão perfeitos quanto queríamos e achávamos que deveríamos ser.

Podemos não ter qualquer experiência em vendas, ou telemarketing, mas nos convencemos a todo momento, de verdades criadas por nós mesmos para mascarar nossos fantamas, as quais são tão absurdas, que se contadas da forma como são a outras pessoas, mais fácil seria lhes vender um aspirador de pó para o teto, ou um guarda-chuvas de bolinhas recortadas do próprio forro.

Então, nos convencemos, e isso, porque foi assim que aprendemos, que é mais fácil olhar para a frente, virar a página, e esquecer do passado, de nossos erros e derrotas.
E sim, é muito fácil viver assim, uma vida de fuga e covardia. É fácil, mas infeliz e eterno.

Quanto a outra opção, esta é mais complicada, não nos interessa...
É difícil, dá trabalho, e trás à tona nossa verdadeira face.
É absurda até, pois permite que os outros nos vejam como somos.
Vulneráveis, propensos a erros, a falhas. De forma alguma, não é o que queremos.

Mas é o que precisamos.
Deixar cair a máscara, tirar a fantasia, e mostrar aos outros que o que eles acreditavam ser nossos super-poderes, na verdade eram sacrifícios imensos, de nossos desejos e de nossa própria alma, para convercê-los de nossa perfeição.

E não quer dizer que de cara limpa, agora, tenhamos de que viver com a verdade constante do quanto somos frágeis,  e sim, que temos que aceitar nossa fragilidade nos momentos em que ela se faz presente.

Mas temos todo o resto do tempo para mostrar nossa força, coragem, e garra, buscando nossos sonhos, alvançando nossos objetivos, e aceitando os erros e derrotas no caminho.